Ao obervar o mar
Naquela manhã de sábado,
Após aquelas intermináveis horas
Que não haviam desempenhado sua tarefa de ser noite
Senti algo diferente
Era como se suas águas
Suplicassem aos meus pés, implorando por ajuda
em lamentos suaves e frios
trazendo os horrores por ele, o mar, testemunhados
em todo o mundo
rios de arbitrariedade e opressão,
intolerância, guerras, preconceitos e decepções,
desaguando todas as suas águas no já saturado e salgado mar
e o clamor em lamentos, cada vez mais violentos
tristes lamentos
batiam cada vez mais forte contra minhas pernas
a cada nova onda
uma nova dor em um mar de agonias e angustias
e diante de tal
como se tornaram pequenas minhas lagrimas por um amor perdido
Rio de Janeiro, RJ, julho de 2004
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