terça-feira, 30 de novembro de 2010

Brecht




É bonito
tomar a palavra na luta de classe,
com voz altissonante conclamar as massas para o combate,
para pisar os opressores
e libertar os oprimidos.

Difícil mas profícuo é o modesto trabalho quotidiano
o silencioso e tenaz apertar dos nós
Da rede do partido,
Frente aos fuzis apontados
Dos donos das empresas!

Falar, mas
Ocultar quem fala
Vencer, mas
Ocultar quem vence.
Morrer, mas
Ocultar a morte.

Todos estão prontos a fazer muito para se tornar famosos,
Quantos, porém, fariam algo aceitando o silêncio?
Mas, na mesa pobre a honra é conviva,
Da pequena e mísera cabana
Sai livremente a grandeza.

E o renome busca em vão
Quem o grande feito realizou.
Mostrai-vos por um instante
Rostos ocultos, rostos desconhecidos,
E recebei o nosso muito obrigado!

Eugen Berthold Friedrich Brecht nasceu em Augsburg á 10 de Fevereiro de 1898 e faleceu em Berlim, no dia 14 de Agosto de 1956, foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955. Ao final dos anos 1920 Brecht torna-se marxista, vivendo o intenso período das mobilizações da República de Weimar, desenvolvendo o seu teatro épico. Seu trabalho como artista concentrou-se na crítica artística ao desenvolvimento das relações humanas no sistema capitalista.

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