sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Che, o herói e o Mito

Dia 09 de outubro marca a morte do revolucionário Che Guevara.

A sua imagem, captada pelas lentes do fotógrafo cubano Alberto Korda, é umas das mais vistas e difundidas em todo o mundo. O seu ideal, de transformação profunda da sociedade capitalista, continua a embalar o sonho de muitas pessoas, de todas as idades. No dia 09 de outubro de 1967, Ernesto Guevara de La Serna, o Che, era assassinado nas selvas da pobre Bolívia.

Com seus erros e acertos, pertinências de todas as pessoas que ousam a intervir no calculado movimento do mundo, Che Guevara ficou conhecido por sua bravura, pela generosidade demonstrada ao arriscar a sua vida em países que não eram o seu de nascimento e pela justiça com que orientava a sua causa. Também muito combatido, por motivos lógicos, Che tem a sua imagem muitas vezes associada a um indivíduo impiedoso.

Argentino de Rosário, Che dedicou a sua vida à libertação dos povos oprimidos do continente. Juntamente com um punhado de rebeldes, que não passavam de três dezenas, foi um dos líderes da vitoriosa Revolução Cubana, em 1959, que depôs o ditador da ilha, aliado dos EUA. Com isso, a América Latina – e todo o mundo – viu nascer a primeira experiência socialista na região, baseada na universalidade de direitos e na igualdade no acesso aos bens materiais necessários para uma vida digna.

No governo dos rebeldes cubanos, Che Guevara foi uma das principais lideranças, ocupando os cargos de embaixador, presidente do Banco Central e Ministro da Indústria. Com o seu estudo e análise objetiva da realidade, ajudou a converter a Revolução Cubana em marxista.

Antes de perder a vida no povoado de La Higuera, na Bolívia, onde pretendia tomar o poder naquele país e difundir o poder popular por todo o continente, Che realizou uma tentativa revolucionária frustrada no Congo, na África, em 1965, contanto com um grupo de 100 cubanos.

Os restos mortais de Che Guevara forma encontrados por pesquisadores somente em 1997, numa vala comum, com outras ossadas, na cidade de Vallegrande, distante 50 Km do local onde foi executado. O seu corpo estava sem as mãos, amputadas e lançadas como troféu entre os seus algozes.

Transferido para Cuba, Che Guevara recebeu um sepultamente com honras de Estado. A memória de Che resiste com grande vitalidade em toda a América Latina e não apenas os governo cubano e argentino, como movimentos sociais e lideranças populares de todo o mundo, rendem homenagens periódicas a o mítico Che Guevara.

O certo é que enquanto vigorar algum tipo injustiça, desigualdade ou opressão, Che Guevara irá continuar inspirando os valores humanistas e o sonho de um mundo justo e livre entre todos os homens e mulheres.

(Paulo Bogler/Guatá)

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